quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Carreira em TI: Como fazer um MBA sem sair do Brasil


Fazer MBA para dar um upgrade na carreira é o sonho de muitos profissionais de TI, mas alguns não conseguem realizá-lo por causa dos horários complicados do trabalho que executam. Com ajuda da internet e novas tecnologias como iPad plugado em 3G ou Wi-Fi, é possível investir em um programa de desenvolvimento profissional e frequentar aulas virtuais onde quer que esteja e em universidades de qualquer lugar do mundo.

De acordo com consultores em RH, MBA no currículo pode gerar retorno entre 20% e 30%, dependendo do selo da instituição. Para os profissionais de TI, esse tipo de programa tem até um peso maior por causa do aumento da pressão do mercado para que sejam menos técnicos e mais estratégicos. Os que têm domínio de tecnologia e visão de negócios são diferenciados.

Para esses talentos, o ensino a distância (EAD) derrubou as barreiras de tempo e de localização geográfica. Eles podem usar a web para aprimorar conhecimentos e buscar cursos de negócios, gestão e administração em instituições nacionais como Universidade de São Paulo (USP), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), entre outras.

A internet também torna acessível aos profissionais brasileiros MBAs oferecidos por universidades internacionais famosas no mundo dos negócios, como é o caso de Harvard, Stanford e Massachusetts Institute of Technology (MIT).

É possível matricular-se em cursos de extensão ministrados nos Estados Unidos e Europa com programas 100% online. Porém, no Brasil, o Ministério de Educação (MEC) determina que os cursos tenham uma parte da carga horária presencial. “O MEC não estabeleceu uma porcentagem, mas provas e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) têm de ser em unidade física”, explica Vladimir Gonçalves, coordenador acadêmico de Educação a Distância do Ibmec. Em algumas instituições, as aulas presenciais variam entre 20% a 30%.

O formato online tem a vantagem de ser flexível, permitindo que o estudante faça o curso de acordo com sua disponibilidade. Algumas atividades acontecem com horário marcado, que são as aulas ministradas em tempo real. Caso o aluno não consiga participar, ele tem a opção de assistir ao conteúdo gravado e acessível na web.

“Os alunos não precisam se deslocar. Existem grades fixas, mas eles podem, se quiserem, até estudar de madrugada”, afirma o professor André Genesini, especialista em EAD e que participa da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed).

Os cursos virtuais custam cerca de 50% menos do que os tradicionais por serem ministrados em larga escala. Entretanto, os especialistas recomendam programas de instituições conceituadas e credenciadas pelo MEC. Analisar a metodologia oferecida pela instituição também é importante. Com as novas ferramentas tecnológicas, as aulas precisam ser dinâmicas e apoiarem-se em várias mídias para reforçar o aprendizado.

Dicas para a escolha certa
Apesar de ainda não ser muito popular no Brasil, os especialistas defendem que o MBA online é mais eficaz do que o tradicional. Os alunos também são mais focados, segundo avalia o professor Alberto Borges Matias, que coordena os cursos de MBA online da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), órgão de apoio institucional à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP-USP).

Como professor dos dois formatos, Matias percebe que os que estudam pela web precisam correr atrás do seu programa e são mais proativos, enquando os que estão nas salas de aula físicas recebem muito material pronto e se esforçam menos.

“No curso presencial, o aluno abre o Facebook e não está nem aí para o que o professor está falando. Por isso, Matias afirma que o indíce de evasão nos MBA online da USP é 25% e nos programas presenciais a desistência chega a 40% dos matriculados.

Ter disciplina é essencial para levar um MBA online até o final do curso, que varia de um a dois anos e meio. Nem todos têm perfil para curso virtual. Para os que precisam sempre de alguém fazendo pressão para que cumpra suas tarefas, o EAD pode não funcionar. “Tem executivo que é brilhante, mas se não for organizado, vai perder tempo no curso online”, chama atenção Genesini.

“O MBA online exige compromisso e muita dedicação”, acrescenta Gonçalves do Ibmec, que recomenda que os profissionais estudem cerca de duas horas diariamente. “Os que acham que o curso é flexível e deixa as atividades para o final de semana, correm o risco de não acompanhar as aulas. Eles vão perder a motivação e desistir.”

Harvard e MIT sem sair do Brasil
Já é possível estudar gratuitamente em Harvard ou MIT sem ter de viajar para os Estados Unidos. As duas instituições fecharam uma parceria para oferecer cursos por e-learning a alunos que estejam em qualquer lugar, desde que tenham acesso banda larga.

Juntas, elas criaram uma plataforma de e-learning baseada em código aberto que recebeu investimento de 60 milhões de dólares. O projeto foi batizado de edX e funcionará como uma organização sem fins lucrativos para entregar conteúdo pela web, controlado por Harvard e MIT. A tecnologia escolhida é uma plataforma de ensino a distância (EAD) criada pelo MIT chamada MITx.

A edX oferecerá inicialmente cursos específicos ministrados por Harvard e MIT. Com o tempo, a organização espera incluir cursos de outras universidades, permitindo que outras instituições adicionem recursos à plataforma, já que se trata de uma tecnologia aberta.

O reitor de Harvard Alan Garber afirma que vai levar para web cursos virtuais já ministrados pela HarvardX. Ao final do curso, as pessoas receberão um certificado de conclusão de edX. Porém, o diploma não leva o selo de Harvard nem do MIT. As duas ainda vão definir quais cursos serão oferecidos pela edX. Harvard prevê faculdade de saúde pública, direito, artes, ciências, entre outras. (Por Fred O’Connor, IDG News Service)

Língua afiada
O britânico Larry North, fundador Nortech Software, dedica semanalmente cerca de cinco horas de seu tempo ensinando gratuitamente brasileiros a vencer as barreiras da língua inglesa. Em troca, exige aulas de português, idioma que estuda há dois anos. Dessa experiência, nasceu o site Talk English Now, previsto para entrar no ar em março de 2013 e que tem o Brasil como um dos públicos-alvo.

North hoje dá aula para cinco brasileiros que conheceu nas redes sociais MyLanguageExchange e iTalk, que reúne nativos de diversos países do mundo dispostos a compartilhar conhecimentos sobre sua língua mãe gratuitamente em troca de aulas no idioma que deseja evoluir. Ele diz que se apoia no intercâmbio online com nativos e em diversas ferramentas na internet para aprimorar também o seu português.

Hoje, há uma infinidade de recursos na internet para prática e manutenção de idiomas. As opções vão desde o intercâmbio linguístico para conversas com nativos em tempo real até sites que se propõem a substituir os cursos tradicionais. Outros têm a proposta de aumentar o contato dos brasileiros com inglês, como é o caso dos serviços que estão surgindo pelo celular, aproveitando que esse dispositivo está com as pessoas praticamente o tempo todo.

As operadoras Claro, Vivo, TIM estão explorando serviços de idiomas, com envios de mensagem de texto (SMS) e acesso a aplicações na internet, com cobrança de tarifa que vai de 0,99 centavos de reais até 9,90 reais pelo pacote semanal. Esse é um novo nicho de mercado descoberto pelas companhias de celular e que tem o objetivo de auxiliar os assinantes com informações sobre gramática, pronúncia e tradução.

FONTE: CorpTV


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