quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TI aumenta rentabilidade do varejo, mas poucos implementam
A excelência na Tecnologia da Informação será a chave para as marcas vencerem a concorrência no mercado varejista brasileiro. Com uma expectativa de crescimento de 7% em 2012, o varejo é um dos setores que mais apresentam índices positivos no país, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O destaque nesse cenário ficará a cargo das empresas que se adequarem e informatizarem seus sistemas.

Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV – EAESP) em 2012 indica a importância da relação entre Tecnologia da Informação e o mercado: em média, as companhias nacionais destinaram 7% da sua receita em investimentos de TI no ano passado. O valor desse aporte, no entanto, depende do estágio da informação de cada setor. Entre os que mais dedicaram gastos estão as instituições financeiras, com 12,8%; serviços, com 10%; e a indústria, com 4,4%.

Apesar de grande parte do mercado ainda incluir a informatização em setores internos de seus negócios, a tendência no cenário nacional aponta para o outsourcing. A terceirização em Tecnologia da Informação atualmente é vista como ferramenta imprescindível para aumentar de forma simultânea a produtividade e a rentabilidade.

Outra evidência é que a implantação de um sistema que ajuda na gestão da marca, auxiliando-a sempre que necessário reflete diretamente em maior vantagem competitiva no mercado. “O principal foco é no cuidado dessas aplicações, é preciso que elas estejam sempre disponíveis. Mais do que uma ferramenta ou um sistema, o outsourcing é uma metodologia de trabalho”, explica Waldir Rodrigues Junior, Diretor de Outsourcing da Sonda IT, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Estágios
Ainda que fundamental para qualquer empresa varejista, a implantação da Tecnologia da Informação caminha a passos lentos no Brasil. Segundo pesquisa da FGV, o varejo e o comércio são as que menos aplicam na informatização: enquanto 2,9% investiram parte de seu faturamento nos sistemas tecnológicos, 3,1% usaram recursos para tal, respectivamente.

Os passos lentos, no entanto, não significam estagnação. A implantação de TI chega por estágios. Entre os exemplos de melhoras significativas estão o código de barras e a automação comercial. A chegada de novas plataformas, como o e-commerce, a adesão de mais consumidores e a mudança no perfil dos já existentes também são novos desafios.

Os diferentes players e a concorrência mais acirrada entre as marcas no setor varejista refletem diretamente na funcionalidade dos sistemas. “Um ponto importante é a disponibilidade. As ferramentas do varejo não podem parar. Montar uma estrutura que tenha padrão no atendimento é o ponto mais importante. É necessário conhecimento e agilidade. Se o sistema de um caixa eletrônico do mercado falhar, o consumidor simplesmente pode deixar a compra e ir embora”, pontua Waldir.

Excelência como padrão
A excelência da Tecnologia da Informação também tem relação direta com certificações de qualidade. No caso da Leroy Merlin, por exemplo, a Sonda IT se baseou na ISO 20000:2011, que trata de melhores práticas em Gestão de Serviços de TI. Além disso, uma loja da Leroy, localizada em Niterói, foi a primeira do Brasil a receber o AQUA, selo de Alta Qualidade Ambiental.

De acordo com pesquisa da Sonda, os selos afetam diretamente na dinamização dos serviços e na proximidade das companhias com seus clientes. O processo é cíclico: a disponibilidade de boas ferramentas, confiáveis e fáceis de serem utilizadas, refletem nas certificações, que por sua vez refletem na disponibilidade de bons serviços aos usuários, gerando confiabilidade.

Mais do que ações de Marketing e comunicação, a Tecnologia da Informação será um termômetro “invisível” na relação com os consumidores, já que ela não precisa ser vista, mas é fundamental que exista. “O varejo brasileiro é um mercado bastante promissor. As empresas sabem que TI é um diferencial e elas precisam de sistemas que atendam suas necessidades e suporte o volume das operações. A informatização não é luxo, é necessidade”, afirma Waldir Rodrigues Junior.

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FONTE: CorpTV

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