quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mercado brasileiro de computadores cresce abaixo do esperado

O mercado brasileiro de computadores demonstra sinais de desaceleração, de acordo com os resultados divulgados para o primeiro semestre de 2012, divulgados esta semana pelo IDC. Foram comercializados 7,8 milhões de computadores comercializados, crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2011. Em previsões realizadas no início do ano, a expectativa era de um crescimento de 7% para o período.

De acordo com o estudo, a taxa de crescimento do Brasil foi a pior entre os países do BRIC: a Rússia cresceu 37%, Índia 9% e China 3%. “Durante o primeiro semestre, o País enfrentou dificuldades econômicas que afetaram diversos setores, inclusive o de bens de consumo para o segmento de informática”, explica Attila Belavary, analista do mercado de PCs da IDC Brasil. “Apesar das tentativas do governo em reaquecer a economia, observamos uma insegurança maior por parte das empresas em realizar novos investimentos frente a um cenário de crise internacional e uma instabilidade na confiança do consumidor.”

Das máquinas vendidas no primeiro semestre de 2012, 45% foram desktops e 55% notebooks (que incluem netbooks, ultrabooks e ultrafinos). “A diversidade de produtos é cada vez maior e atende o gosto e a necessidade específica do consumidor. O usuário doméstico tende a preferir a portabilidade dos notebooks e as empresas optam pela segurança dos desktops, que representam metade do segmento corporativo durante o período”, diz o analista.

Do total de computadores comercializados, 27% foram destinados ao segmento corporativo, 67% ao segmento doméstico e 6% para governo e educação. Segundo Belavary, a variação cambial foi responsável por reduzir o número de ofertas disponíveis no varejo e levou alguns fabricantes a aumentarem os preços finais. “Além disso, a competição com outros dispositivos, como tablets e smartphones, fez com que os usuários tivessem que priorizar seu investimento”.

Mesmo com os resultados abaixo do esperado, o IDC Brasil continua otimista e espera que as vendas anuais cresçam 8% em relação ao ano passado e totalizem 17,2 milhões de PCs. A taxa de 13% de crescimento prevista no início do ano foi reduzida. “Apesar da expectativa otimista para o segundo semestre, que contará com um aumento de notebooks ultrafinos produzidos localmente e o lançamento do Windows 8, o cenário mundial de instabilidade econômica dificulta maiores crescimentos para toda a indústria”, pondera Belavary.

FONTE: CorpTV

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